segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Flamengo vence Santos num jogo espetacular na Vila

Difícil achar um adjetivo para qualificar o que Santos e Flamengo fizeram nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, pela 12ª rodada do Brasileirão. Um show, um concerto, um espetáculo? É pouco. Foi, enfim, um jogo histórico, que será lembrado por muito tempo. No fim, o Flamengo, de Ronaldinho Gaúcho, que saiu perdendo por 3 a 0, acabou levando a melhor sobre o Santos, num 5 a 4 de encher os olhos, para apagar da memória dos torcedores brasileiros o burocrático futebol apresentado pela Seleção Brasileira na Copa América. O craque rubro-negro, enfim, mostrou a que veio quando retornou ao Brasil. Foi genial, como há muito tempo não era, marcando três gols, chegando a oito, artilheiro da competição. Neymar também brilhou, com dribles desconcertantes e dois gols, o primeiro antológico.
Ninguém tinha dúvidas de que seria um grande jogo, mas acabou saindo melhor, bem melhor mesmo, do que a encomenda. Craques dos dois lados, jogadas de efeito e muitos gols - um deles, de Neymar, uma obra de arte. Foram seis tentos apenas no primeiro tempo. As duas zagas sofreram muito e falharam demais também. Bom para o espetáculo, que começou com o Santos como protagonista.

Tocando fácil, de primeira, Ganso, Elano e Ibson se achavam em campo. E todos encontravam Borges. Elano, principalmente. Num lançamento primoroso, logo nos movimentos iniciais da partida, o meia largou o camisa 9 na cara de Felipe. Com extrema tranquilidade, o parceiro de Neymar deu um leve toque, o suficiente para tirar a bola do alcance do goleiro rubro-negro.
O Fla até tinha a bola e explorava bem o lado esquerdo da defesa alvinegra, com Luiz Antônio aproveitando-se dos espaços às costas de Léo. Mas o Peixe era mais incisivo. Borges ampliou, completando jogada individual de Neymar, que, deitado no chão, conseguiu acertar o passe para o companheiro.
O time rubro-negro parecia entregue. E Neymar, inspirado. A goleada estava desenhada e com um toque de gênio. Aos 26, o craque santista arrancou pelo meio, jogou para Borges, que escorou e devolveu. Num drible improvável, o camisa 11 passou por Welinton, Angelim e ficou na frente de Felipe. O toque final foi leve, por baixo do goleiro. A Vila Belmiro aplaudiu de pé.
A festa alvinegra estava armada. Cabia muito mais. Aliás, houve muito mais. Só que, agora, por parte do Flamengo. O jogo mudou de lado. O Rubro-Negro não se intimidou com a vantagem adversária e continuou indo para cima. Marcou dois gols rápidos, com Ronaldinho e Thiago Neves e pressionou o Santos, que apresentava muitas falhas defensivas. Lembrou o time de 2010, que dava sustos na mesma medida em que marcava gols.

Foi aí que apareceu o vilão da noite. Neymar, endiabrado, invadiu a área pela esquerda e caiu. O árbitro marcou pênalti de Willians. Uma marcação duvidosa. Borges pegou a bola para bater, mas Elano assumiu a bronca. Queria se redimir do vexame da Copa América, quando, na decisão por penalidades nas quartas de final, contra o Paraguai, ele mandou uma bola na estratosfera, muito acima da meta. Em momentos difíceis, abusar não costuma ser prudente. Uma cavadinha displicente. A bola, leve, tranquila, morreu nos braços de Felipe, que ainda teve tempo de 'descontar' a ousadia do santista ao fazer embaixadinhas antes de repor a bola em jogo.
A Vila caiu em vaias na cabeça de Elano, que chegou a fazer sinais para os alvinegros descontentes. Para piorar a situação do meia santista, Deivid, escorando cobrança de escanteio, empatou a partida. O Flamengo estava vivo; o Santos, adormecido. Elano, em maus lençóis.
O segundo tempo foi tão eletrizante quanto o primeiro. O Fla foi melhor, teve mais a bola. Chegou, inclusive, a encurrralar o Peixe. O sistema defensivo santista falhava na marcação. Ronaldinho e Thiago Neves tinham muito espaço para trocar passes. Os alvinegros, mal posicionados, corriam atrás. Neymar, porém, fazia a diferença. Puxando contra-ataques, ele tirou o Peixe do sufoco logo após o início do segundo tempo, arrancando pela esquerda e dando um toque inspirado para matar Felipe.
Mas Neymar não era o único protagonista do jogaço. Ronaldinho Gaúcho mostrou que o craque pensa à frente, surpreende, improvisa. Falta na entrada da área, pelo lado direito. Rafael armou a barreira e se posicionou no lado direito. Todos esperavam a batida por cima da barreira. Esperto, o camisa 10 tocou rasteiro. A bola passou por baixo e enganou o goleiro santista. 4 a 4!
A Vila Belmiro não respirava. Privilegiadas, as quase 13 mil testemunhas do jogo do ano no Brasil não desgrudavam os olhos do gramado. Qualquer piscada e se perderia um drible de Neymar, um toque refinado de Ronaldinho.
Neymar driblava, chutava, só sofria mesmo com a marcação de Willians. O jeito era fazer a bola não chegar ao astro santista. Foi isso o que o Flamengo fez quando roubou a bola no meio de campo - num erro de Ganso. Um contra-ataque mortal, com Ronaldinho arrancando pela esquerda, invadindo a área e definindo o placar.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ceni e sorte de líder garantem a vitória do São Paulo sobre o Galo


O líder do Campeonato Brasileiro seria conhecido depois do apito final do árbitro Sandro Meira Ricci. Com a torcida a favor na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o Atlético-MG precisava de um empate diante do São Paulo para assumir a ponta, mas a sorte estava do outro lado. Embora tenha pressionado bastante, principalmente no segundo tempo, o Galo parou nas mãos de Rogério Ceni e na sorte dos visitantes. Com um gol de Casemiro, ainda no primeiro tempo, o Tricolor Paulista venceu por 1 a 0, manteve os 100% de aproveitamento e chegou ao primeiro lugar com nove pontos, dois a mais que os rivais Corinthians e Palmeiras. A equipe atleticana ocupa a quarta colocação, com seis.

O torcedor atleticano deixou o estádio na bronca com Sandro Meira Ricci, acusado de não marcar três pênaltis a favor do Galo, em lances ocorridos no primeiro tempo. O São Paulo, além de aplicar uma forte marcação, contou com a sorte e também com a eficiência do goleiro Rogério Ceni, um dos destaques da partida.
As duas equipes voltam a campo no próximo fim de semana. O São Paulo recebe o Grêmio às 18h30m (de Brasília), no Morumbi. No domingo, o Atlético-MG enfrenta o Bahia em Pituaçu, às 16h (de Brasília).

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Grêmio encerra jejum em casa e vence o Bahia com dois gols de Júnior Viçosa

O Grêmio apresentou na última semana Ezequiel Miralles, e ainda pretende contratar mais um atacante. Neste domingo, Júnior Viçosa mostrou, no entanto, que não há pressa por reforços. O centroavante marcou duas vezes e garantiu a vitória do Grêmio por  2 a 0 contra o Bahia, que vinha de um bom empate com o Flamengo. O resultado acabou com o jejum de quase dois meses sem vencer em casa da equipe de Porto Alegre.

A última vitória do Grêmio sob os olhos da torcida havia sido em 7 de abril, contra o Junior de Barranquilla, pela Libertadores. Quase dois meses depois, o trunfo voltou a acontecer.
Os gols de Viçosa também fazia tempo que não aconteciam. A última vez que o alagoano havia marcado foi no Gre-Nal do Beira-Rio, primeira partida da final do Gauchão, dia 8 de maio.
O Grêmio começou o jogo em cima. Logo a 5 minutos, Júnior Viçosa recebeu cruzamento de Mário Fernandes e marcou o primeiro gol do jogo. O Bahia sentiu o lance. Na sequência Neuton teve chance, mas acertou a trave. Jobson foi a principal arma dos visitantes, assustando a defesa gremista.

Mas as oportunidades de gol foram escassas. Mesmo com a partida dominada, o time tricolor não conseguiu criar oportunidades de gol. Com muitos erros, a qualidade caiu sensivelmente. Reflexo disso foi a jogada do segundo gol. Lins tentou passar, a bola bateu em um oponente, voltou para ele, que tabelou e cruzou para Júnior Viçosa fazer. O lance decretou o fim da primeira etapa, pois até o apito do árbitro não houve nada importante.

No segundo tempo o Bahia voltou melhor. O time de Salvador teve uma série de escanteios, e deu trabalho para Marcelo Grohe. O Grêmio se limitou a buscar contra-ataques, mas assim esteve perto de ampliar. Sustentando a pressão do adversário, Marquinhos substituiu Viçosa, para manter a posse de bola. E Gabriel, afastado por lesão, também retornou. O Bahia colocou uma bola na trave com Ávine, Jobson seguiu criando boas jogadas, mas não conseguiu mexer no placar, que terminou 2 a 0 para o Grêmio.

Zé Roberto se destaca na vitória do Inter de 4 a 2 sobre o América-MG

De jogador deixado de lado a protagonista do Inter. Desde a decisão do Gauchão, Zé Roberto vem se tornando cada vez mais um jogador crucial dentro do esquema tático de Falcão. No último domingo, o meia-atacante foi importante na vitória por 4 a 2 sobre o América-MG.
Para o treinador, Zé Roberto virou peça fundamental na engrenagem do esquema tático colorado. Quando o time está com a bola, se junta ao ataque e acrescenta velocidade. Na hora de defender, é um jogador que ajuda na marcação.

– O Zé Roberto entendeu o mecanismo daquilo que a gente quer. É difícil perder uma jogada individual – destacou Falcão.
Diante do América-MG, Zé Roberto deu muito trabalho à  zaga adversária ao lado de Oscar. No gol de Cavenaghi, o quarto do Inter, construiu a jogada pela direita.
– A gente tem que procurar melhorar ainda mais o que cada jogador tem de bom. O Zé tem velocidade e habilidade. Está em grande fase – elogiou o técnico.
Zé Roberto foi uma contratação solicitada por Celso Roth no final do último ano. Mostrou certa instabilidade e chegou a ficar em segundo plano. Hoje, é titular incontestável.

Renato garante o empate com de falta

Renato foi o último jogador do Flamengo a deixar o Engenhão na noite deste domingo, depois do empate em 1 a 1 com o Corinthians. Cercado e festejado por um grupo de torcedores, ele não escondeu a felicidade por ter feito um gol que Petkovic assinaria. O camisa 11 enxergou semelhanças com a falta cobrada pelo gringo na conquista do tricampeonato estadual sobre o Vasco, em 2001.

- Fiz um gol de falta à la Pet, no mesmo estilo. E houve semelhanças com aquele gol do título. Foi do mesmo lado, praticamente da mesma distância e entrou no ângulo. Ficará para sempre na lembrança ter feito um gol, ainda mais sendo de falta, no último jogo do Pet. Entra para a história - declarou Renato, que, diferentemente de Pet em 2001, bateu na bola com o pé esquerdo, o seu forte.
A emoção depois do gol foi apenas mais uma sensação para Renato. Antes mesmo de a bola rolar, o jogador viveu momentos de arrepiar, literalmente.
- Assim que entrei em campo e vi o mosaico, fiquei arrepiado. Trabalhei com o Pet no ano passado e fico feliz por ter participado e ajudado no final de sua carreira. Muitos jogadores que atuaram com Pelé comentam isso até hoje. Será assim com o Pet.